Ouvindo
Nota 1 - centro cultural
Eis que sábado passei, depois de um século, naquele centro cultural pertinho de casa, na vergueiro. Tudo diferente, vazio, outro ritmo. Aproveitei para fotografar o lugar sem o movimento de antigamente. Depois de uma meia hora passei no banheiro do piso superior. Vazio, com aquele arzinho decadente que é normal por lá. Mas limpo. Mijei e quando estava terminando entra um garoto. Muito manja rola, por que entrou e já olhou direto pro meu pau. Até deixei ele me ver terminando de mijar, mas saí fora por que achei que o garoto era menor de idade. Mais de uma hora depois, quando terminei de fazer tudo por lá, ouvi um cara perguntando pro segurança onde era o banheiro. Um tipo eletricista (achei isso por que ele estava com uns fios nas mãos). Não entendi se ele estava trabalhando lá ou apenas entrou pra ir ao banheiro. Também não pensei em nada, só aconteceu ao meu lado. Arrumei minhas coisas, tipo uns 15 minutos depois, e fui mijar pra ir embora. O cara ainda estava no banheiro, na pia. Entrei no reservado, mijei, quando saí ele tinha ido pro mictório e tava lá com o pau pra fora. Olhou pra mim, balançou o pau, eu olhei, e fui embora. Não fazia meu tipo.
Nota 2 - shopping
Na sexta-feira a noite, resolvi trocar de celular. E sou bem do tipo que resolvo e vou na hora. Cheguei no shopping perto de casa tipo 20h30. Comprei e 21h30, meia hora antes do shopping fechar, peguei o celular e fui no banheiro. Nesse shopping, que é super manjado, perto da Av. Paulista, com o nome da própria avenida, eu sabia onde rolava antes da pandemia (escadas, banheiro do lado da loja famosa Z). Por isso não fui lá e procurei o banheiro da parte nova, já no caminho da saída. Ledo engano. Tinha 3 caras lá tocando punheta nos mictórios. Só olhei, mijei e fui embora. Me surpreendi porque vi que nesse banheiro também rolava.
Nota 3 - memorial
Quase uma terra de ninguém, o memorial é super vazio sem exposições e atividades. De domingo então, o próprio deserto. E assim é muito bom pra fotografar. Em três vezes que fui aos domingos (costumo chegar entre 15h30 e 16h e sair às 17h, quando fecha) fiz amizade até com os poucos funcionários que ficam lá. Dessa terceira vez, foi mais animado. Quando cheguei, pós-chuva, desci do uber no portão 13, bem no lugar que fiz essa foto aí em cima. É onde fica o banheiro aberto ao público. Um banheiro com traços do Niemayer, que eu acho que parece um disco voador com suas janelas redondas. Logo que entrei vi um cara, parecia bem novo, de máscara, roupa esportiva, boné. Fiquei lá fotografando, conversei com seguranças, dei umas voltas lá dentro, cruzei com esse cara umas duas vezes. As duas vezes nos olhamos. Vi quando ele entrou no banheiro, mas não quis ir imediatamente por que o segurança tinha acabado de falar comigo e viu quando o cara entrou. Dei um tempo, achei que tinha perdido o timing. Acho que se passaram uns 10 minutos. O segurança já tinha ido pro outro lado. Tudo deserto e vazio, sem movimento. Não sabia se o cara tinha ido embora. Fui no banheiro. A supresa foi pegar o cara no flagra mamando um vendedor ambulante. Sem máscara vi que ele era bem novo, não tinha mais que 21 ou 22 anos. Olhei, eles disfarçaram, o ambulante saiu praticamente correndo do banheiro. (Soube que o cara era ambulante apenas por que quando saí o vi com o isopor vendendo cerveja). Eu nem mijei, apenas encostei na pia, olhei pro garoto, e fui embora. Se eu tivesse deixado o cara tinha me chupado também. Ele tava afim.
Nota 4 - trilha do Paraíso
Ao lado da entrada do metrô Paraíso tem essa “trilha” (a foto tá iluminada demais pelo efeito do iphone - é bem escuro na verdade), que os caras (poucos) aparecem nos fins de noite de sexta, sábado e domingo, sempre depois das 21h, 22h. Meu caminho - passo diariamente pela avenida quando caminho a noite. E vejo a movimentação. Nunca entrei por que acho meio assustadora, sai numa praça frequentada por moradores de rua. E acho que deve ter lama também com chuva. Então nunca quis sujar meus tênis. Esse sábado, eu acho, passei na ida vi uns caras no ponto de ônibus ao lado. Passei devagar olhando, comprei cigarros na banca de jornal e voltei. Quando eu voltei um dos caras do ponto de ônibus que ficou me olhando, levantou - um negão bem grande, meio barrigudinho, camiseta e bermuda pretas. Olhou pra mim, pegou no pau que já tava duro (pau duro no ponto de ônibus!), e foi pra trilha. Claro que não fui. Passei, cheguei a ve-lo parado encostado numa árvore e fui embora. Mas rola de fim de semana, sempre.
Nota 5 - parque
Depois do memorial, no domingo, subi pro parque (aquele que tem nome de água). Cheguei quando estava escurecendo, por volta das 18h. Muito vazio. O que é ótimo, na verdade. Eu gosto desse parque, que agora voltou a ficar aberto até as 20h. Gosto da frequência de garotos de Perdizes, Pompeia e Barra Funda. Alguns passam lá antes de colarem no shopping west. Já me diverti bem por ali antes da pandemia. Esse domingo estava tudo muito tranquilo, tinha chovido, o que espantou as pessoas. Estava um delícia de andar, fotografar e tal. Tem a parte da função, no banheiro da parte de baixo, perto das arquibancadas. Não gosto dali. Acho aleatório demais, os caras entrando e saindo do banheiro, marcando ponto nos bancos em frente. Gosto da parte de cima. Tem uma parte perto do parque infantil que é perfeita. Escura, que pouca gente passa depois que o dia vai embora. Quase todos que vão ali tem outras intenções. Esse domingo, primeiro cruzei um cara de barba branca, acho que um quarentão com suas roupas de andar no parque. Mas eu não quis nada. Depois cruzei com mais 2 que nem me olharam. Por volta das 19h30, eis que cruzo com um garoto na alameda antes de subir para essa parte. Nos olhamos. Ele sem máscara, acho que uns 23 ou 24 anos, baixinho, muito bem vestido - roupa tipo vou passear no shopping depois. Achei ele lindo e pensei que ia passar batido por mim. Mas não. Passei por ele e subi a rua que dá na lateral do parque (a foto aí de cima). Na foto tudo tá claro, mais efeito do celular. É até bem escurinho. Dei uma olhada e vi o garoto subindo. Entrei na parte mais escura, perto de uma casa onde tem um instituto. Ele continuou na minha direção. Onde não dá pra ninguém ver, ele encostou perto de mim, eu não tirei a máscara em momento algum. Pegou no meu pau por cima do moleton e eu tava totalmente parado. No melhor estilo faz o que quiser aí garoto que vou ficar aqui quieto. Tenho que lembrar que distanciamento ainda é bom. Logo ajoelhou no chão e começou a me chupar. Uma boa mamada, confesso. Quando vi que ia gozar avisei, ele não parou e eu acabei gozando na boca dele. Que não cuspiu e engoliu tudo. Engraçado que depois que tirei o pau da boca dele, ele levantou e colocou a máscara. Antes estava sem. Eu me ajeitei e ia saindo fora, mas ele continuou comigo até a saída do parque. Conversamos um pouco. Ele todo tímido, simpático e bem bonito. Era vizinho do parque e sim, ia pro shopping depois.